segunda-feira, 13 de agosto de 2007

As Horas


Tantas são as horas, eu nem sei se mesmo vivo
Castanhos são os olhos que me tornam inativo
Ouço vozes distorcidas no meu cérebro lascivo
É tudo o que eu penso, pensamento corrosivo.

Tua imagem se reflete no meu peito cansativo
O relógio do meu tempo corre hoje depressivo

Abandono o caminho se me encontro dispersivo
Nos seus olhos a pureza me faz mais que cativo.

Se eu tento te falar, algo falha, eu me esquivo
Não encontro a resposta, eu não vejo o motivo
Num momento claro vejo, é desta vez definitivo
Descobri, é te querer o meu verbo intransitivo.