terça-feira, 6 de novembro de 2012

Esmeralda


Às vezes eu paro e penso em muitas coisas. Bom, nem tão às vezes assim, confesso. É muito mais frequente do que eu mesmo acreditaria que fosse possível. Mas o que seria de nós se não parássemos para pensar? O que aconteceria se não parássemos para colocar pensamentos e sentimentos em ordem. Sentimentos são mais difíceis de organizar, concordo. Nesse caso, paramos para entendê-los, somente. Mas aí percebemos que entender e organizar são dois verbos que não se aplicam a sentimentos.

Desde o dia em que nascemos e desde que respiramos o oxigênio pela primeira vez, nós entramos em contato com muitas pessoas. A nossa mãe e o médico que nos fez o favor de dar-nos o mundo são apenas as duas primeiras. Ou parteira, no caso de muitos. Daí vem o pai, irmão, avô, avó, primo... Vem muita gente. Mesmo. Se você que está lendo isso ainda tem sete ou oito anos idade, digo uma coisa: cara, prepare-se. Quando você conta seus amiguinhos na escola e acha que conhece muita gente, você não faz ideia do quanto isso vai mudar daqui a 10, 20 anos.

Mas de todas essas pessoas, quantas ficam? Quantas acendem uma faísca em nós para nos dar motivo para quem elas continuem presentes em nossa vida? Creio que muito poucas, concorda? Nem todo mundo tem o poder de nos transmitir palavras com olhares, afeto com sorrisos sinceros. Afinal, se todos pudessem fazer isso conosco não creio que teria muita graça a brincadeira. Aprendi que as coisas raras e mais difíceis de conseguir são justamente às quais damos mais valor.