sábado, 27 de outubro de 2007

Quadros e Espinhos

Um sopro leve carrega os sentidos
Lento e constante segue adiante
Leva a memória há tempos perdida
Dos dias dos melhores sorrisos
Das tardes, das ondas e momentos.

São só palavras que nada dizem
Tentam encontrar nos versos razão
Pedaços das fotos do nosso passado
Vão carentes errando o caminho
Buscando a resposta um dia negada.

A casa vazia, a porta fechada
Os meus quadros verdes hoje são cinza
Não voam mais as folhas caídas
Tombadas pela força das tempestades
Hoje são meros recortes distorcidos.

Tão estranho com tudo pode ser
Tento fugir, escapar das consequências,
Mas às vezes chega em mim a vontade
De voltar e trazer você de novo
Para mim, para nós, para sempre.