terça-feira, 11 de setembro de 2007

Tarde de Setembro

Quantas horas passam e quantos dias mudos
Seu olhar me mostra que o pesar é tão cruel
Do meu lado fica a dor, do outro a tristeza
Escuto o silêncio quando o meu relógio pára
Ouço histórias repetidas, mil acasos do destino
Meu espírito partido segue linhas tortuosas
Das estrelas busco a luz me engano no caminho
A certeza que eu tinha nunca trouxa a resposta

Se te vejo eu desperto tenho esperança e força
É assim que tudo passa, somos só eu e você
São os dias que eu não sinto, meu desejo é tão simples
Muito mais do que o mundo é você meu ideal

O que chamam amizade hoje chamo solidão
Não há vozes nem pessoas que me dêem razão
Tantos medos com motivos, tanta dor, desolação
Vem, me diz o que eu faço se há só desunião
Vejo então a tempestade escapar do horizonte
Eu sei que nada é certo e a noite inconstante
O amanhecer é belo, à tarde o vento esconde
Só o ódio nos completa se não vemos um sentido.

Se te vejo eu descubro que é simples o amor
Um olhar, o que eu preciso p'ra saber o que falar
Por te conhecer eu esqueço o nosso sofrimento
Vivo a vida do meu jeito e esqueço o futuro.