quarta-feira, 30 de maio de 2007

Dias e noites

Um mundo insano se faz abrir bem aos meus olhos
O frio inferno me espera p'ra expor a solução
Eu corro o mundo na vaga esperança de escapar
De um destino que por vezes achava derrotado
Essa foi a maior de todas as minhas falhas
E sempre que me lembro dos olhos e sorrisos
Eu me pergunto por que eu quero o impossível
Eu quero amor, mas ninguém jamais me ama
Quero viver, mas a vida de gelo se faz prisão
Quanto então posso sorrir para tal felicidade
Rios de lágrimas pago por meu infortúnio
Meus pés descalços latejam no quente asfalto
Estou fugindo não quero mais olhar pra trás
Quero deixa o meu passado, rejeitar o futuro
Pois este revela mais dor e decepção
Eu me ajoelho e peço aos céus que livrem-me
De todo o sofrimento que toma conta do meu ser
Mas cada vez que me levanto deste chão
É mais uma queda e desespero e aflição
Escrevo para você este mísero errante poema
Pra lembrar-te da cumplicidade que um dia
Fez nosso amor ser escrito nas pedras do tempo,
E fez com que teu riso me tirasse o medo
Mas do riso a dor ficou, e amor não sei se há
Pois se dizes não mais me querer que posso fazer
A não ser esperar a desgraça chegar pelas mãos
De um anjo alto, anjo este feio e torto
Não vindo do firmamento, mas sim das profundezas.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Quero utilizar esse espaço para publicar alguns escritos meus. São simples, modestos, mas são do lugar mais profundo da minha alma. Muitas das vezes refletem um lado mais melancólico da visão, e outras apenas releituras divertidas do meu ser. Divirtam-se!
E quem quiser me conhecer, e tal, pode visualizar meu perfil no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=9453669860454990308
Ass: Carlos Eduardo

Sou o pássaro triste que canta a manhã
Sou a ave calma que tece longos ais
Com olhos pequenos, serenos e amenos
Não querem mais olhar, sofrem a derrota.
Sou o pássaro triste que se perdeu por esta tarde
Sem data nem hora, sem mesmo vôo eu fui embora
Para voltar quem sabe um dia,
Para de onde nem devia ter fugido.
Sou o pássaro triste na escuridão da noite
O canto triste, os olhos tristes
Quem sabe do amor sobra apenas a tristeza
Mas com certeza, do amor só sofrimento.

Mas do pássaro que um dia fora
Nada restou na alma que me pertence
Fiz do ultimo vôo a maior das minhas quedas
Fiz do espaço e tempo eternos inimigos
Fiz da solidão meu presente e meu futuro
Pois das asas que um dia foram minhas
Foram contigo pro infinito tão distante.
Com as tempestades aliadas ao meu ser
Faço com que a chuva escorra dos meu olhos
Faço com que os raios não me deixem cair
No profundo medo de ser sozinho, mas já é tarde
Agora o que resta nem é mesmo esperança.

Meus braços cansados pedem por descanso
Erguidos para o céu à espera de um anjo
Mas imagino que até por eles fui abandonado
E vivo apenas para que a morte me alcance
A distância que nos separa são agora alguns passos.
Talvez num dia desses, calmo e tranqüilo
Numa manhã, numa tarde, numa noite
Eu vá embora no silêncio dos que amam
Pois era eu aquele pássaro, lembra-se?
Eu te perseguia a voar nas alturas
Escapava por um triz das tempestades
Até que um anjo roubou as minhas asas.

Arquivo do blog