terça-feira, 6 de novembro de 2012

Esmeralda


Às vezes eu paro e penso em muitas coisas. Bom, nem tão às vezes assim, confesso. É muito mais frequente do que eu mesmo acreditaria que fosse possível. Mas o que seria de nós se não parássemos para pensar? O que aconteceria se não parássemos para colocar pensamentos e sentimentos em ordem. Sentimentos são mais difíceis de organizar, concordo. Nesse caso, paramos para entendê-los, somente. Mas aí percebemos que entender e organizar são dois verbos que não se aplicam a sentimentos.

Desde o dia em que nascemos e desde que respiramos o oxigênio pela primeira vez, nós entramos em contato com muitas pessoas. A nossa mãe e o médico que nos fez o favor de dar-nos o mundo são apenas as duas primeiras. Ou parteira, no caso de muitos. Daí vem o pai, irmão, avô, avó, primo... Vem muita gente. Mesmo. Se você que está lendo isso ainda tem sete ou oito anos idade, digo uma coisa: cara, prepare-se. Quando você conta seus amiguinhos na escola e acha que conhece muita gente, você não faz ideia do quanto isso vai mudar daqui a 10, 20 anos.

Mas de todas essas pessoas, quantas ficam? Quantas acendem uma faísca em nós para nos dar motivo para quem elas continuem presentes em nossa vida? Creio que muito poucas, concorda? Nem todo mundo tem o poder de nos transmitir palavras com olhares, afeto com sorrisos sinceros. Afinal, se todos pudessem fazer isso conosco não creio que teria muita graça a brincadeira. Aprendi que as coisas raras e mais difíceis de conseguir são justamente às quais damos mais valor.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Confissão


Entre um copo e outro de uma bebida qualquer, uma lembrança. E, no vão entre essas lembranças, uma vontade. É assim que o tempo passa, as pessoas passam, eu passo. Não é que a solidão tenha vindo para ficar, estabelecendo um lar aqui nas proximidades da minha alma. É que talvez seja necessário este período de insegurança, incerteza e desânimo. Na verdade, talvez a solidão tenha vindo para ficar, sim. Nunca refletimos sobre ela quando estamos bem, quando temos alguém do nosso lado, quando o verbo amar é exercido em sua totalidade. Não. Nós sempre fingimos que ela não existe. É como a morte, de certa forma. Quase nunca nos lembramos de que, em algum momento, deixaremos de existir. E é justamente nos momentos em que ela se faz presente nós passamos a nos preocupar com o derradeiro dia. Mas logo passa.

Levanto-me e pego a garrafa vazia do que quer que seja que eu esteja tomando. Levando-a até a altura dos olhos, observo bem seu interior e a comparo a mim. Eu sou outro recipiente vazio, é o que passa em minha cabeça. Vazio de emoções, vazio de sorrisos. Não me entenda mal, eu tenho emoções e posso sorrir quando eu quiser. O problema é que não tenho muitas razões para deixá-los do lado de fora e estou muito velho para usar máscaras. Meus conflitos adolescentes há muito são uma lembrança vergonhosa, e muito. Não preciso fingir ser o que não sou nem muito menos dar satisfação, de mostrar a todos que estou bem. Para quê? Até a felicidade virou motivo de disputa, de concorrência? Veja vizinho, eu sou feliz. Sou mais feliz do que você e me divirto jogando isso na sua cara dia após dia, eu posso imaginar perfeitamente algumas pessoas dizendo isso do alto de sua hipocrisia doentia. Ok, o álcool está brincando de Fórmula 1 no famoso Circuito que é meu sangue e me rouba as palavras, me fazendo cuspir frases aleatórias que dificilmente diria. E é justamente por isso que abro a geladeira e observo seu interior à procura de algo mais para continuar mantendo o meu copo cheio.

Complicado, você diria. Não, não estou falando de encontrar algo para beber. Mas do caminho que me propus a percorrer nos últimos meses, tempo que reservei para que eu pudesse descansar de um turbilhão de sentimentos que vivi por uns quatro ou cinco anos. Não foi fácil, amar e esquecer. Nenhuma das vezes. Nunca é, e, se fosse fácil sempre, não teria graça nenhuma. Nesse caminho às vezes encontro algo que poderia me tirar dele. Umas duas situações, em épocas diferentes, mexeram o suficiente comigo e, quem sabe, poderiam ter tirado o pó que havia sobre meu coração e tê-lo feito bater novamente. Não, nunca houve nada de fato, por que: a) eu sou um inútil no campo da 'conquista' e b) porque eu paro e penso se vale a pena tentar. A conclusão é simples. Sempre vale a pena. Mas acho que ainda não estou preparado para o que quer que venha a acontecer. Tenho medo, essa é a palavra. Não tenho medo de dar errado e me ferrar outra vez. Mas tenho medo é de dar certo. Vai entender. Enquanto isso... Saúde.

sábado, 30 de junho de 2012

O Adeus

Eu partiria algum tempo depois
Mas antes de qualquer adeus
Senti os cabelos dela em meu ombro
E um suspiro mudo escorreu-lhe dos lábios

As mãos nossas, de perdidas se tocaram
E se alguém nos visse daquela forma
Jamais pensariam os tolos falantes
Que a minha partida não teria volta

Mas ninguém nos via ali, no banco,
Sentados e silenciosos e cúmplices
De alguma coisa que nascera
Mas não demos forças para crescer

Eu a queria, mais, a desejava.
Traio a mim mesmo e ainda a desejo
Ao chegar em casa, naquela noite
Eu não era coisa alguma
A não ser um pedaço da lembrança
Que eu ansiava por ela ainda manter
No coração.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

50 Coisas Que Amo


Boa tarde (ou bom dia, ou mesmo boa noite) para você aí, do outro lado. Volto nesta segunda-feira fria com mais uma lista de 50 coisas, desta vez a pedidos da doce Ana Clara. Esta moça amiga me pediu que fizesse uma lista inversa à lista de 50 Coisas que eu Odeio, uma lista que você encontrará a algumas postagens atrás. Logo, você saberá em breve as 50 coisas que eu mais amo. Mas apenas se continuar lendo.

01) Amo ficar sozinho em casa.

02) Amo ver filmes deitado.

03) Amo estar com meus primos. Cada um deles.

04) Amo dormir no chão. Em cima de um colchão, obviamente.

05) Amo dar e receber abraços sinceros, e por motivos reais. Um abraço não é um substituto de um aperto de mão.

06) Amo fotografar.

07) Amo o clima de fim de tarde.

08) Amo pegar o violão e ficar tocando coisas aleatórias.

09) Amo jogar bola, descalço e em rua de terra.

10) Amo sorrisos retribuídos.

11) Amo ajudar as pessoas, mesmo que a única coisa que eu receba seja um “obrigado”.

12) Amo jogar “altinho”.

13) Amo receber mensagens inesperadas de pessoas que eu gosto.

14) Amo ficar completamente de molho em uma piscina num dia quente.

15) Amo escrever.

16) Amo desenhar, apesar de não saber.

17) Amo crianças e brincar com elas. Provavelmente por causa de a minha idade mental ser tão próxima da delas.

18) Amo sair para andar sozinho em uma manhã ensolarada.

19) Amo cidades pequenas, daquelas bem pequenas mesmo.

20) Amo o inverno.

21) Amo Cuba-Libre.

22) Amo escrever cartas, mesmo que o destinatário nunca as veja.

23) Amo piadas sem graça.

24) Amo tocar air-instruments em qualquer lugar. Até mesmo no meio da rua.

25) Amo ouvir e aprender com as pessoas que têm algo para ensinar.

26) Amo o barulho da chuva.

27) Amo desenhos animados.

28) Amo cantar, apesar de cantar igual a um gato fanho.

29) Amo comer macarrão. 

30) Amo fazer guerra de bexigas com água dentro. 

31) Amo viajar, de qualquer maneira pra qualquer lugar.

32) Amo pessoas que são fiéis aos seus princípios.

33) Amo ouvir música alta, a qualquer instante.

34) Amo jogar videogame. Especialmente jogos antigos. 

35) Amo misto-quente só de queijo.

36) Amo ouvir as pessoas me dizendo que eu cresci.

37) Amo quando ninguém vem me acordar e me deixam levantar quando eu bem entender.

38) Amo o silêncio da cumplicidade.

39) Amo filmes de terror, de preferência, antigos.

40) Amo descobrir coisas em comuns com as pessoas, mesmo que a única coisa em comum seja aversão a feijão.

41) Amo tomar banho de borracha.

42) Amo jogar peteca.

43) Amo sair de carro sem destino. 

44) Amo cochilar ao ar livre, especialmente sem medo de alguém me assaltar no processo.

45) Amo dormir em sofás. Confortáveis, de preferência.

46) Amo que me acordem de um jeito carinhoso, e não da maneira como estou normalmente acostumado.

47) Amo sentar para comer e conversar com quem ganha por merecer minha atenção.

48) Amo a solidão, de vez em quando.

49) Amo andar na chuva. Sem guarda-chuva.

50) Amo você, mas ainda falta você aparecer na minha vida.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Parte de Um Conto

Um parte mínima de um conto. Espero que gostem.

–Susan! Abra essa porta já! Abre-essa-porra-AGORA! – e avalanche de socos continuava. Ele não ia arrombar a porta. Na certa acertaria Susan em cheio, e uma coisa da qual ela não tinha necessidade agora era levar uma surra de um pedaço de madeira.
David já soltava todas as palavras feias que conhecia (a grande maioria aprendera ainda na infância) e nenhuma resposta, nenhum gemido, nenhum choro. Se haviaalguma criança nascendo, havia uma grande probabilidade dela chorar. Masnada. E o sangue já alcançava seus sapatos sujando a sola em alguns pontos dafrente. Ele poderia chorar, se não estivesse em tamanho choque e pudesse pensar com clar...
Um baque surdo.
E mais outro.
David se preparou para abaixar, a curiosidade e a surpresa, o medo e o pavor, todosquerendo descobrir que som foi aquele. Ou o que o produzira. No meio do caminho até que o joelho esquerdo encostasse no chão uma cabeça manchada de sangue emparte seco e em parte ainda suficientemente líquido para escorrer surgiu pordebaixo da porta. Num impulso violento, David se jogou para trás, dando de costas na parede. A coisa estava cada vez mais tentando se libertar do interior da cabine, se arrastando para fora, como uma cobra não faria melhor.
David não sentia as pernas. Sentia uma dor na nuca pelo impacto, mas isso não eraimportante. Se ele pudesse correr, não conseguiria. Se ele pudesse pensar, era muito provável que teria desmaiado de pavor. Uma criatura banhada em sangue humano estava avançando, tendo um tamanho descomunal para ter nascido de uma mulher. Braçada a braçada a criatura já saíra da cabine e praticamente estava de pé sobre o que agora é um grande lago de sangue pastoso. Estava dentro do que fora um vestido rosa e tinha uns olhos muitos azuis dentro das órbitas. Atrás da portinhola da cabine, Susan já deveria estar com o corpo despedaçado do tórax para baixo, com a possibilidadede de ter quebrado todos os ossos da bacia no processo. Pelo tamanho do que saíra dela. Será que saíra?
A coisa-menina olhou David dentro dos olhos, um azul cintilante emanando das duas bolas que possuía dentro das cavidades oculares. Àquela altura, nada era mais válido como desculpa. Os dois, parados ali, um encarando o outro, sem nada a dizer. A razão ia voltando à David e ele pensou em correr e sumir. Tomar aquele trem e desaparecer em qualquer fim de mundo que possa deixá-lo o mais distante daquela coisa. Mal sabia ele que a porta daquele banheiro permaneceria fechada para todo o sempre.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

The Beatles e Eu

Ainda posso sentir aquela vibração, aquela nostalgia. De algo que nunca vi, que nunca passei. E posso afirmar que nunca mais senti algo igual ou mesmo próximo. São coisas que só a música pode nos dar nesses tempos de caos e desamor.
         
Nessa época eu já morava em Além Paraíba, estava na 5º série e ainda nem havia começado as aulas de violão. Música para mim era algo que não importava muito, então. Música não era uma arte que eu reconhecia na época, era algo ruidoso que tocava no rádio e a atenção que eu prestava nisso era próxima de nada. Lembro que nessa época, mais para a metade inferior do ano, meu pai havia viajado para Petrópolis a trabalho, mas até hoje não sei o que exatamente ele foi fazer por lá. Algumas semanas se passaram entre a sua ida e seu retorno e, quando ele chegou em casa, trazia um CD diferente. Nunca tinha ouvido falar daquele pessoal que gravou aquele disco. Pelo  capa, pensei que fosse o primeiro CD deles: havia um baita número 1 amarelo pintado em um quadrado vermelho e, no canto superior esquerdo, e letras miúdas estava escrito The Beatles. Mal sabia que aquele disquito vermelho iria mudar a minha vida, e ainda continua mudando.

Meu pai devia ouvir o CD quando eu não estava em casa, pois não me lembro de um momento sequer dele ouvindo-o. Nem umazinha. O que é até bom, porque num dia de ócio absoluto (o que na 5º série, aos 12 anos de idade, não é uma coisa lá muito incomum) resolvi dar uma chance aquela banda que lançara recentemente seu primeiro disco. Mas antes de por o CD no laser – parodiando uma velha expressão...  – perguntei a meu pai sobre a banda. Se eu não tivesse feito isso, teria me surpreendido mais com o som dos meninos. Ele me disse que era uma banda do tempo dele – banda velha, pensei – mas que ele gostava de poucas das músicas que havia no CD. Hm, pensei, então este não é o primeiro CD dos caras... Dã. Uma nova descoberta feita, vamos ouvir o disco! Meu inglês na época era parco, pobre, ridículo. Se é que havia algum inglês no interior da minha mente e, você sabe, a banda em questão só fez músicas em inglês (mentira, tem uma com pequenos pedaços em espanhol, italiano, português e por aí vai. Sun King é o nome da dita-cuja), por um motivo bacana: eles eram da Inglaterra!
            
Uma respiração e pronto. O CD estava no toca-discos. Pego a caixinha e a viro para ler os nomes das músicas. A Primeira faixa era Love Me Do. Opa, uma palavra conhecida! Love. Quem não conhece? Até minha avó deve conhecer essa. E cara, sabe paixão à primeira ouvida? Eu não entendia e sabia que isso poderia existir até então. Aquela gaita me dá arrepios toda vez que ouço essa música, mesmo hoje, 2012! Aliás essa música completará 50 anos da sua gravação este ano.
            
Música após música, fui descobrindo que aquela era a banda mais legal do mundo, mesmo sem conhecer mais nada de rock. E mesmo 12 anos depois esse pensamento permanece imbatível, indestrutível, inabalável, intransponível, inacessível, imprescindível, imperscrutável, imaculável, impenetrável, intangível, imersível e afins. Tantos clássicos eternos presentes naquele disco que demorei uns 2 anos até conseguir largá-los. E aí começa uma fase muito difícil na minha vida de beatlemaníaco.
            
Em 2001, no ano seguinte àquele que descobri a banda, comecei a querer aprender mais sobre ela. Ouvir mais coisas ler mais sobre. A única fonte que eu tinha em mãos para aprender um pouquinho era na Enciclopédia Larousse, aquela mesma que veio no Jornal O Globo por várias semanas. Li tanto o artigo sobre os Beatles lá que praticamente decorei . O artigo citava o nome dos integrantes, suas funções, alguns discos e datas importantes. Nada muito profundo, mas para a época, era informação para dar e vender.  Da Internet eu nem tinha noção, mal sabia que existia. Então, como fazer?
            
Graças a dois amigos, coisas mágicas apareceram nos dois anos seguintes. Seus nomes: Raphael, Lucas. Seus respectivos pais possuíam vinis dos Beatles. Grande coisa, pois eu nunca imaginei que eles fossem me emprestar. Pior que eles me emprestaram! Em algumas semanas, consegui o Please Please Me, Abbey Road, Rubber Soul, Revolver e o Let it Be. Muita coisa! Ficava extasiado quando chegava em casa, com cada um deles e colocava para rodar... Descobri o mundo com aqueles discos. Logicamente, fiz cópias para mim em fita cassete, que tenho até hoje.
           
Graças à Anna, uma amiga, consegui o CD do Help!, que hoje é um dos meus preferidos. Ela me emprestou e a história que envolve este empréstimo é um tanto mirabolante.
            
Não posso deixar de agradecer ao Conrado, pois com ele peguei as coisas mais psicodélicas da banda, com o empréstimo do Álbum Azul (aquela coletânea 1967-1970). Descobri que não havia limite para o som dos meninos, ao ouvir aquilo. Strawberry Fields Forever é uma das coisas mais impressionantes já gravadas. Sem comparação.
            
E meu pai, que me deu o maior disco do universo de aniversário?  Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band entrava na minha coleção mais ou menos em 2004, juntamente com o disco Presente, do Renato Russo. É, eu já havia pego a Legião mais ou menos dois anos depois dos Beatles... E de Natal, fiz questão de me arrumar o Let it Be ...Naked! de Natal, eu acho.
            
Não contei a história com muitos detalhes, afinal, são 12 anos de amor. E, em um amor profundo como esse, há muitos pormenores... Mas uma coisa eu posso dizer: esse amor não vai terminar nunca.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Apenas Se

Se você soubesse o que eu penso
Quando faz frio ou escurece
Talvez seu rosto se perderia
Na timidez que você é.
Se você soubesse o que eu sinto
Quando ouço a doce canção, que é
A sua voz a rir consigo mesma
De coisas banais que eu disse.
Se você soubesse que o dia
Mais belo de todos os existentes
Foi aquele onde vi você
Escondendo seu sorriso do sol.
Se você soubesse de tudo isso,
Uma certeza sempre vem e me diz
Que você iria embora e assim
Minha esperança iria contigo.

domingo, 25 de março de 2012

50 Coisas Que Odeio

Boa tarde, caros caríssimos! Cá está minha pessoa para cumprir a promessa de domingo passado e finalmente revelar meus principais 50 ódios aleatórios. Adianto dizendo que não foi uma tarefa das mais fáceis, pois não sou de odiar muitas coisas. Mas chega de falatório e descubram coisas importantes da minha personalidade controversa e maligna!

01) Odeio quando a palheta cai dentro do violão.

02) Odeio quando vendedores de lojas aparecem e me dizem para ficar à vontade.

03) Odeio quando apago a mensagem enorme que estava digitando no celular, segundos antes
de enviá-la.

04) Odeio quando dizem ‘sabia que você ia dizer isso’.

05) Odeio quando pessoas feias se sentam ao meu lado em ônibus cuja viagem durará horas.

06) Odeio ser acordado levando vassouradas.

07) Odeio pular o muro do vizinho para pegar de volta a bola de futebol/vôlei/peteca que eu mesmo fiz parar lá.

08) Odeio quando o Yakult chega ao fim.

09) Odeio quando alguém fica insistentemente me encarando.

10) Odeio pegar carona sozinho com pessoas estranhas.

11) Odeio quando não consigo limpar direito as lentes dos meus óculos, e com isso, fica uma mancha chata sempre incomodando.

12) Odeio esperar ônibus.

13) Odeio quando vejo uma garota interessante e minha primeira intenção é me esconder.

14) Odeio falar 'presente' na hora da chamada na aula.

15) Odeio falar e ninguém estar prestando atenção.

16) Odeio repetir o que disse e as pessoas continuarem não prestando atenção.

17) Odeio escovar os dentes para dormir, mas logo depois comer alguma coisa e ter que escová-los outra vez.

18) Odeio quando estou lendo e não presto atenção, o que me obriga a reler a mesma página várias vezes.

19) Odeio quando as pessoas se atrasam para compromissos previamente marcados.

20) Odeio esquecer a janela do meu quarto parcialmente aberta e, durante a noite, sentir um frio absurdo.

21) Odeio ser tirado para dançar em uma festa qualquer, porque não sei dançar nada conhecido pela humanidade.

22) Odeio pegar uma bicicleta para dar uma volta e descobrir que ela está sem freio bem no momento mais crítico do passeio.

23) Odeio que as pessoas fiquem me olhando quando estou desenhando.

24) Odeio quem fala que The Beatles é coisa de velho.

25) Odeio esquecer o que ia falar.

26) Odeio fingir que sei o Hino Nacional quando todo mundo canta em alguma ocasião.

27) Odeio entornar bebida/comida nas minhas camisas brancas (tenho várias...)

28) Odeio derrubar as roupas dos cabides no meu guarda-roupa e só descobrir isso no dia seguinte.

29) Odeio quando a tampa do refrigerante cai debaixo da geladeira.

30) Odeio quando todos os torcedores do Flamengo vêm encher o saco por causa de nada.

31) Odeio que fiquem pulando na piscina quando estou tentando quebrar meu recorde de tempo imerso na água.

32) Odeio quando vou beber água em um bebedouro e o jato d’água molha a minha cara.

33) Odeio cortar o cabelo e perceber que estou ficando cada vez mais calvo.

34) Odeio ter sono e não poder deitar.

35) Odeio gostar de quem não gosta de mim.

36) Odeio sair de casa planejando fazer algo e esquecer qual era o motivo que me fez sair.

37) Odeio tentar trocar de canal da televisão, mas na verdade só conseguir aumentar ou abaixar o volume dela.

38) Odeio insetos voando no meu quarto à noite.

39) Odeio o atendimento do pessoal do Xerox do ICE.

40) Odeio ter muito, muito sono e, mesmo assim, não querer ir dormir.

41) Odeio tirar auto-retrato.

42) Odeio emprestar meus livros.

43) Odeio usar camisas ou camisetas de qualquer tipo.

44) Odeio modinhas.

45) Odeio quando esquento demais a comida que ponho no forno microondas.

46) Odeio acordar.

47) Odeio falar em público, mesmo que esse público seja de três pessoas.

48) Odeio toda e qualquer congregação religiosa que rouba seus fiéis.

49) Odeio as pessoas que furam fila, e agem como se não tivessem visto que entraram na frente de outra pessoa.

50) Odeio mentiras.

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