quarta-feira, 30 de maio de 2007

Dias e noites

Um mundo insano se faz abrir bem aos meus olhos
O frio inferno me espera p'ra expor a solução
Eu corro o mundo na vaga esperança de escapar
De um destino que por vezes achava derrotado
Essa foi a maior de todas as minhas falhas
E sempre que me lembro dos olhos e sorrisos
Eu me pergunto por que eu quero o impossível
Eu quero amor, mas ninguém jamais me ama
Quero viver, mas a vida de gelo se faz prisão
Quanto então posso sorrir para tal felicidade
Rios de lágrimas pago por meu infortúnio
Meus pés descalços latejam no quente asfalto
Estou fugindo não quero mais olhar pra trás
Quero deixa o meu passado, rejeitar o futuro
Pois este revela mais dor e decepção
Eu me ajoelho e peço aos céus que livrem-me
De todo o sofrimento que toma conta do meu ser
Mas cada vez que me levanto deste chão
É mais uma queda e desespero e aflição
Escrevo para você este mísero errante poema
Pra lembrar-te da cumplicidade que um dia
Fez nosso amor ser escrito nas pedras do tempo,
E fez com que teu riso me tirasse o medo
Mas do riso a dor ficou, e amor não sei se há
Pois se dizes não mais me querer que posso fazer
A não ser esperar a desgraça chegar pelas mãos
De um anjo alto, anjo este feio e torto
Não vindo do firmamento, mas sim das profundezas.

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