segunda-feira, 8 de março de 2021

Início

 Os sons de buzina às vezes me causavam um sobressalto, me tirando daquele estado que às vezes eu entrava simplesmente por ter que ficar ali, esperando. Os faróis dos carros começavam a se acender e me pus a pensar que, talvez, começasse a sentir frio ali fora. Mas não queria entrar, estava inquieto, pensativo.
           Uma a uma, as pessoas foram saindo. Elas passaram por mim, sentado ali na pequena escada vermelha no pátio da escola que dava diretamente para a rua. Alguns dos meus colegas, ao saírem para encontrar com quem viera buscá-los com quem viera buscá-los, passaram a mão na minha cabeça e bagunçaram ainda mais meus cabelos já naturalmente bagunçados e se despediram com um animado “até amanhã”, pois estavam finalmente indo para casa. Já era quase um ritual, que se repetia e repetia.


Nenhum comentário: