Nem flores quando primavera já não há
Desejo apenas que me olhes com olhos
Que procuram, encontram e se fecham
Não anseio o infinito; a manhã ainda raia
E deitada em meu canto, ri, sorri, encanta
Deixando leves meus medos incontáveis
Tornando eterno até o mais breve tempo
E tu me acenas distante um leve adeus
Quando ainda no meu ombro ainda sinto
Teu recostar e, no travesseiro, teu cheiro
Que meu sono entorpece e desvirtua,
Que me rouba pensamentos e navego
Sem destino no oceano dos teus braços.
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