quinta-feira, 14 de julho de 2016

Soneto XIII

Não desejo que me prometas verdades
Nem flores quando primavera já não há
Desejo apenas que me olhes com olhos
Que procuram, encontram e se fecham

Não anseio o infinito; a manhã ainda raia
E deitada em meu canto, ri, sorri, encanta
Deixando leves meus medos incontáveis
Tornando eterno até o mais breve tempo

E tu me acenas distante um leve adeus
Quando ainda no meu ombro ainda sinto
Teu recostar e, no travesseiro, teu cheiro

Que meu sono entorpece e desvirtua,
Que me rouba pensamentos e navego
Sem destino no oceano dos teus braços.

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